sábado, 18 de junho de 2011

Plantão P1

Manifestantes começam passeata na Paulista escoltados pela polícia
Daia Oliver/ R7
Os manifestantes da Marcha da Liberdade deixaram o vão do Masp, na avenida Paulista, por volta de 16h10 deste sábado (18). Escoltados pela polícia, eles seguiram em passeata até o cruzamento com a rua da Consolação e retornarão ao museu. 
Por causa do protesto, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interrompeu o trânsito de veículos no sentido da Consolação, duas faixas da avenida eram ocupadas pelos manifestantes.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de mil pessoas participam do ato. O grupo usa instrumentos de percussão para fazer barulho e muitos vestem camisetas defendendo a descriminalização da maconha e a liberdade de expressão.

O policiamento em toda a região foi reforçado, no entanto, o Comando da PM desistiu de usar a Tropa de Choque durante a manifestação. Na última marcha, ocorrida no dia 21 de maio, também na Paulista, houve confusão e a polícia usou bala de borracha e bomba de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Quatro pessoas chegaram a ser detidas
A marcha nasceu depois da repressão policial à Marcha da Maconha. Além da descriminalização da maconha, o ato é a favor da liberdade de expressão e contra a violência policial.

Em São Paulo, a Marcha da Liberdade é organizada pela Marcha da Maconha SP, o Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR), o circuito Fora do Eixo, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), Organização Popular Aymberê (OPA), Coletivo Intervozes, centros acadêmicos, Tribunal Popular, Comitê contra o Genocídio da População Negra, e entidades de grupos homossexuais.

Confrontos 
A determinação da Polícia Militar é evitar confrontos. O major Marcelo Pignatari, responsável pelo policiamento no local, afirmou à reportagem que o policiamento está no local "para garantir a segurança dos manifestantes". A Polícia Militar levou à avenida um efetivo de 130 homens a pé, 30 da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) e 40 policiais que já fazem rotineiramente o patrulhamento da região.

Cinco câmeras serão usadas pela polícia com o objetivo de flagrar eventuais delitos e também para registrar as ações da polícia. A intenção, segundo o major, será abordar quem estiver usando drogas da forma que for possível, mas com segurança.
- O que foi assegurado é o direito à manifestação.
A jornalista Gabriela Moncau, 22 anos, uma das organizadoras da Marcha da Liberdade e da Marcha da Maconha afirmou que "uma outra pauta da marcha é a regulamentação que impeça o uso de armas pela Polícia Militar durante manifestações públicas. Temos, inclusive, uma audiência pública agendada para 30 de junho na Assembleia Legislativa".
A  marcha acontece em ao menos 41 cidades do país neste sábado. O protesto une ativistas de várias causas, da luta contra o racismo à preservação ambiental, dos direitos homossexuais ao vegetarianismo, do combate à violência contra a mulher à defesa dos animais.

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